Bem - vindo a APEG



A APEG é um espaço de educação complementar que tem como objetivo auxiliar o processo de aprendizagem do estudante através de aulas particulares, grupos de estudo e assistência psicopedagógica. A equipe do APEG trabalha com metodologias diferenciadas de acordo com a necessidade de cada estudante, buscando conhecer o processo de conhecimento de cada para o planejamento individual de ensino.

terça-feira, 22 de setembro de 2015

Diagnóstico do TDAH


O Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é um transtorno neuropsicológico com bases biológicas  e caráter hereditário que afeta 10% da população mundial. É considerado hoje um grave problema de saúde que tem sido alvo de muitos estudos em todo o mundo. Deve ser cada vez mais discutido nas escolas, principalmente porque tal transtorno afeta a aprendizagem, as relações interpessoais e autoestima do aluno.


Recentemente, fiquei surpresa com a afirmação de um pai de aluno quando disse que seu filho recebeu o diagnóstico de TDAH pelo psiquiatra que o atendeu. Surpresa pelo diagnóstico, que é incompatível com as características e o comportamento do aluno, e surpresa principalmente por perceber que tal equívoco não partiu de uma pessoa leiga e sim de um profissional que deveria ter feito uma investigação criteriosa para fazer tal afirmação.

De certo, é muito comum ouvir pais e até professores rotulando indiscriminadamente uma criança como hiperativa. Este rótulo frequentemente usado no discurso popular é, muitas vezes, direcionado de forma arbitrária a qualquer criança travessa, inquieta e falante que “incomode” com seu comportamento agitado e desatento. O desconhecimento acerca do que é o TDAH leva a pensamentos equivocados e, consequentemente, a dificuldades no diagnóstico, no tratamento e nas intervenções necessárias a uma criança que realmente possui tal transtorno.

No caso do aluno que mencionei, o diagnóstico foi feito numa única consulta com o psiquiatra somente a partir de algumas informações dadas pela família e pelo garoto. Apesar de saber que o diagnóstico de TDAH é clínico - não existe até o momento, nenhum exame ou teste que possa sozinho dar este diagnóstico - este só pode ser construído corretamente a partir de diversas avaliações, muitas vezes com abordagem multidisciplinar. Neste caso, um relatório da escola sobre o comportamento, sociabilidade e aprendizagem da criança é de grande importância. 

Depois de reunidas todas as informações, o médico deverá avaliar se os sintomas apresentados preenchem os critérios diagnósticos que são apresentados nos Manuais de Classificação (MCs) para o TDAH (os mais utilizados são o DSM-IV e o CID-10).
TABELA: Sintomas para diagnóstico de TDAH na criança
1. Não consegue prestar muita atenção a detalhes ou comete erros por descuido nos trabalhos da escola ou tarefas.
2. Tem dificuldade de manter a atenção em tarefas ou atividades de lazer.
3. Parece não estar ouvindo quando se fala diretamente com ele.
4. Não segue instruções até o fim e não termina deveres de escola, tarefas ou obrigações.
5. Tem dificuldade para organizar tarefas e atividades.
6. Evita, não gosta ou se envolve contra a vontade em tarefas que exigem esforço mental prolongado.
7. Perde coisas necessárias para atividades (por exemplo: brinquedos, deveres da escola, lápis ou livros).
8. Distrai-se com estímulos externos.
9. É esquecido em atividades do dia-a-dia.
10. Mexe com as mãos ou os pés ou se remexe na cadeira.
11. Sai do lugar na sala de aula ou em outras situações em que se espera que fique sentado.
12. Corre de um lado para outro ou sobe demais nas coisas em situações em que isto é inapropriado.
13. Tem dificuldade em brincar ou envolver-se em atividades de lazer de forma calma.
14. Não para ou frequentemente está a "mil por hora".
15. Fala em excesso.
16. Responde às perguntas de forma precipitada, antes de elas terem sido terminadas.
17. Tem dificuldade de esperar sua vez.
18. Interrompe os outros ou se intromete (p.ex. mete-se nas conversas / jogos).

(Adaptado do questionário SNAP-IV)

A partir dos sintomas explicitados acima, podemos fazer uma análise avaliando cada item com as seguintes indicações:

  • Nem um pouco 
  • Só um pouco 
  • Bastante 
  • Demais
Como avaliar:

1) se existem pelo menos 6 itens marcados como “BASTANTE” ou “DEMAIS” de 1 a 9 = existem mais sintomas de desatenção que o esperado numa criança ou adolescente.

2) se existem pelo menos 6 itens marcados como “BASTANTE” ou “DEMAIS” de 10 a 18 = existem mais sintomas de hiperatividade e impulsividade que o esperado numa criança ou adolescente.

O questionário SNAP-IV é útil para avaliar apenas o primeiro dos critérios (critério A). Para se fazer o diagnóstico, deve se levar em consideração outros critérios que também são necessários. São eles:

CRITÉRIO A: Sintomas (vistos acima)
CRITÉRIO B: Alguns desses sintomas devem estar presentes antes dos 7 anos de idade.
CRITÉRIO C: Existem problemas causados pelos sintomas acima em pelo menos 2 contextos diferentes (por ex., na escola, no trabalho, na vida social e em casa).
CRITÉRIO D: Há problemas evidentes na vida escolar, social ou familiar por conta dos sintomas.
CRITÉRIO E: Se existe outro problema (tal como depressão, deficiência mental, psicose, etc.), os sintomas não podem ser atribuídos exclusivamente a ele.

Há ainda que se considerar que existem 04 tipos de TDAH com ou sem comorbidades.
a) TDAH do tipo predominante desatento.
b) TDAH do tipo Hiperativo/Impulsivo.
c) TDAH do tipo combinado.
d) Tipo inespecífico.

Lembre-se que o diagnóstico definitivo só pode ser dado por um profissional. Portanto, caso haja suspeita de TDAH, o mais seguro ainda é encaminhar para a avaliação de um médico, de preferência, psiquiatra

segunda-feira, 21 de setembro de 2015

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quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Tabuada lúdica

Claro, não é novidade para ninguém que saber a tabuada facilita muuuuito a nossa vida. Aliás, está aí algo que utilizamos fora dos muros da escola…rsrs

A atividade  é para as crianças que estão sendo apresentadas à tabuada. Ou seja, é para elas compreenderem o que quer dizer, por exemplo, 2 x 3 no concreto.

É necessário:

- Uma tabela grande feita em papel pardo ou em uma folha de cartolina (clique na imagem para ver o modelo);

- 100 tampas (de refrigerantes, de produtos de limpeza,…).

Procedimento:

Leia mais:http://www.psicosol.com/tabuada-ludica/


quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Esta é uma atividade de letramento e alfabetização. É uma atividade produtiva, criativa, dinâmica. Posto aqui as fotos que tirei para exemplificar melhor e ilustrar a atividade. Considero mais interessante e produtivo que trabalhar com letras móveis prontas impressas porque o jornal é um material muito rico em informações. Enquanto folheia à procura das letrinhas, o aluno tem contato com textos inteiros, notícias, informações atuais, cores, ao mesmo tempo em que precisa 'procurar' letras e, com isso, realizar todo o processo mental de diferenciar, identificar as letras do alfabeto.

     É importante não guiar o aluno. Explique a atividade e deixe que ele peça ajuda quando julgar necessário,  ou seja, ajude-o quando ele solicitar. Deixe que ele erre, deixe que tire conclusões, para que assim possa desenvolver hipóteses próprias.

   A respeito de letramento, gosto muito de ler Magda Soares. Veja um trecho da entrevista dela no Salto para o Futuro:

     "Ao invés de você buscar "A Eva viu a uva", vamos buscar uma frase que está no livro, contextualizada para a criança, aquela palavra central. Vamos pegar o LOBO  da história da Chapeuzinho Vermelho, e trabalhar o LOBO: escrever LOBO no quadro, trabalhar fonologicamente a palavra lobo, e dividir as sílabas – "o LO, se eu trocar o O por A vai ser o quê?" "Vai ser LA". É uma atividade lúdica, em que as crianças se divertem muito. Nós temos provas disso aqui neste município (Lagoa Santa), como as crianças gostam dessa articulação: de pegar o LOBO da história e transformá-lo em uma palavra a ser analisada." (Magda Soares)



Processo da atividade:

  1. Pedir que tragam jornal, se você ainda não possui em sala de aula;
  2. É preciso ter a mão tesouras, cola, lápis, borracha, hidrocor, lápis colorido (Como criar sem materiais, não é mesmo?);
  3. O texto trabalhado irá influenciar, é claro, na escrita e na ilustração das crianças. É importante contextualizar a atividade para que ela ganhe sentido. Escolha um texto ou livro ou deixe que eles escolham;
  4. O aluno irá procurar e recortar letras no jornal, de acordo com a atividade a ser realizada:
  •  Escrita do nome das personagens de um livro lido na roda de leitura, criação de texto falando sobre estas personagens;
  • escrita do nome do livro com os recortes e posterior criação de texto
  • Escrita de frase com ilustração;
  • Escrita de palavras com ilustração;
  • Criação de texto com ilustração;
  • Escrita do alfabeto com ilustração das letras;
  • Escrita de palavra e criação de frase, com ilustração.
  • Escrita do próprio nome com ilustração de si mesmo (identidade);
  • Escrita do nome de um amigo com ilustração do amigo ou criação de um pequeno texto sobre a amizade, o colega etc;
  • Escrita de frase sobre a sua família, ilustração da família etc.


      E mãos a obra!   Texto trabalhado durante a atividade: (você pode escolher outro)



"Todos no sofá"





Estão dez amigos
todos num sofá.
Mas tão apertados
que não cabem lá.

O rato guloso
salta do sofá.
São nove os amigos
que ainda estão lá.



O coelho manso
salta do sofá.
São oito os amigos
que ainda estão lá.

O gato tigrado
salta do sofá.
São sete os amigos
que ainda estão lá.

O pato marreco
salta do sofá.
São seis os amigos
que ainda estão lá.

O porco roncando
salta do sofá.
São cinco os amigos
que ainda estão lá.

O burro, aos coices,
salta do sofá.
São quatro os amigos
que ainda estão lá.

A vaca leiteira
salta do sofá.
São três os amigos
que ainda estão lá.

A alta girafa
salta do sofá.
São dois os amigos
que ainda estão lá.

O grande elefante
salta do sofá.
Já só um amigo
ainda lá está.

João Preguição
fica no sofá.
Deita-se a dormir
e não sai de lá.
***

Veja o slide:


 



1. A criança escolheu uma palavra dentro do texto, ilustrou e criou  uma frase sobre ela:






 2. Foi criado um texto falando sobre o que lemos e conversamos:




   Este texto é muito bom para trabalhar matemática, contagem, numerais, animais, e muitos outros temas.


  Resumindo, o trabalho de escrita a partir de recortes de letras do jornal  é uma atividade riquíssima. Pode ser explorada de diversas formas, no dia a dia de uma classe de alfabetização!



     Um abraço!